
Para quem enfrenta dificuldades para dormir, os sintomas de insônia são velhos conhecidos. Porém, sabe diferenicá-los de uma uma noite mal dormida pode ser um desafio.
Afinal, esse é um dos distúrbios do sono mais comuns, e estudos mostram que um terço da população sofre com os sintomas da insônia em pelo menos uma fase da vida. 1
Para aprender a identificar o transtorno e saber como tratar a insônia, você precisa conhecer seus tipos e sintomas. Continue a leitura e aprenda tudo sobre esse assunto.
Quais os tipos de insônia?
Para começar, vamos entender o que é insônia?
Esse distúrbio nada mais é que a dificuldade que algumas pessoas enfrentam para pegar no sono, permanecer dormindo ou de acordar antes do horário desejado. 2
Para diagnosticar que uma pessoa está realmente com insônia, ela deve apresentar os sintomas de insônia por semanas — e não um dia ou outro, como pode acontecer com qualquer um. 2
Existem cinco tipos de insônia que possuem características específicas. São elas:
Insônia crônica
Esse tipo de insônia se refere a um quadro que está perdurando por mais semanas, normalmente em um período de 3 meses ou mais. ²
Nesse caso, a pessoa enfrenta problemas no sono por 3 ou mais dias na semana. ²
Os sintomas de insônia crônica são os mesmos de um quadro de insônia normal, a diferença é a duração. ²
Em geral, os sintomas de insônia crônica são secundários, ou seja, ocorrem devido a uma outra condição de saúde (distúrbios mentais, estilo de vida, medicamentos, etc). ²
Mas também pode ser uma insônia crônica de causa primária, quando não há uma condição médica que a justifique ou uma causa óbvia. ²
Insônia aguda
Já a insônia aguda é o quadro em que há todos os sintomas de insônia, mas com duração curta, normalmente por volta de alguns dias, no máximo, algumas semanas. ²
Esse tipo também é conhecido como insônia de ajuste, pois é comum acontecer em períodos de adaptação, ou antes/após um evento estressante. ²
Os sintomas de insônia podem surgir, por exemplo, após a morte de um ente querido ou antes de uma entrevista de emprego.
Insônia comportamental da infância
A comportamental de infância é a insônia sofrida por crianças, em que o pequeno enfrenta problemas para adormecer. ³
Essa dificuldade pode fazer com que a criança até mesmo recuse ir para a cama na hora de dormir. ³
A insônia comportamental da infância atinge cerca de 25% das crianças no mundo. ³
Insônia inicial
A insônia inicial é um tipo que se refere a pessoas que enfrentam dificuldades para pegar no sono. ²
Esse tipo é mais comum em pessoas que possuem outros transtornos, sobretudo os mentais, como a ansiedade e a depressão. ²
Alguns hábitos também podem influenciar nesse tipo, como o uso de estimulantes ou o consumo excessivo de cafeína. ²
Os sintomas de insônia inicial podem ser agudos ou crônicos, e normalmente vêm acompanhados de outros distúrbios do sono. 4
Insônia de manutenção
Por fim, temos a insônia de manutenção que acontece quando a pessoa consegue adormecer, mas não consegue manter o sono ou acorda mais cedo que o necessário. ²
Principais sintomas de insônia
Uma das piores consequências dos sintomas de insônia é que eles não se resumem ao período da noite, mas acaba influenciando o dia a dia da pessoa, tornando a realização de tarefas simples algo complicado. 5
Em geral, os sintomas de insônia mais comuns são: 5
- Sono interrompido constantemente;
- Dificuldade para adormecer;
- Acordar muito cedo;
- Acordar cedo e não conseguir voltar a dormir;
- Sonolência, irritabilidade e cansaço durante o dia;
- Dificuldade em se concentrar ou para se lembrar de coisas durante o dia.
Caso identifique um ou mais sintomas de insônia durante alguns dias, o mais adequado é buscar ajuda médica para entender o que está atrapalhando o seu descanso.
Insônia e gravidez: entenda essa relação
Você já deve ter ouvido falar que a insônia é sintoma de gravidez. Mas, você sabe qual a relação entre esse distúrbio do sono e a gestação?
A verdade é que a queda na qualidade do sono durante a gravidez é algo comum e pode acontecer por diversos fatores, desde questões físicas, como os desconfortos e mudanças corporais, às questões biológicas, como as idas mais frequentes ao banheiro para urinar ou por enjoo. 6
Além disso, também há o estresse e a ansiedade que podem acompanhar esse momento. Afinal, como vimos, essas emoções podem dificultar pegar no sono. 6
Como tratar a insônia?
Agora que você conhece os sintomas de insônia, deve estar pensando sobre seu tratamento, certo?
O primeiro passo para tratar a insônia, principalmente quando é um quadro primário, é fazer uma higiene do sono, criar uma rotina que favoreça uma noite mais tranquila e de qualidade. ²
Algumas mudanças de hábitos, como: ²
- Dormir sempre no mesmo horário;
- Evitar o uso de aparelhos eletrônicos próximo do horário de dormir;
- Evitar o consumo de estimulantes e cafeína;
- Criar um ambiente agradável para dormir;
- Entre outros pontos.
Tudo isso pode contribuir para você dormir melhor.
Já no caso de uma insônia secundária, é preciso diagnosticar a condição médica que causa a insônia para, então, conseguir dormir melhor. ²
Em todo o caso, alguns tratamentos podem ser indicados por médicos, como os medicamentos e suplementos ou até a Terapia Cognitiva Comportamental. ²
Técnicas de relaxamento também são muito úteis quando o assunto é combater os sintomas de insônia. ²
Agora você já sabe quais são os sintomas de insônia!
Após os pontos discutidos ao longo deste artigo, agora você sabe quais são os tipos de insônia e os principais sintomas desse distúrbio do sono.
Além disso, também pudemos esclarecer a relação entre a gestação e as noites mal dormidas, além de conhecer os tratamentos que ajudam a lidar com esse transtorno.
Se você está sofrendo com algum desses sintomas de insônia, não perca tempo, consulte o médico especialista para começar o tratamento certo para o seu caso.
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Referências consultadas
1. NHS. Insomnia. Disponível em <https://www.nhs.uk/conditions/insomnia/>. Acesso em: fevereiro/2022.
2. Bollu PC, Kaur H. Sleep Medicine: Insomnia and Sleep. Mo Med. Disponível em <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30862990/>. Acesso em: fevereiro/2022.
3. Vriend J, Corkum P. Clinical management of behavioral insomnia of childhood. Psycol Res Behav Manag. 2011; 4: 69-79. Disponível em <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/labs/pmc/articles/PMC3218792/>. Acesso em: fevereiro/2022.
4. Park HS, Joo EY, Hong SB. Sleep onset Insomnia. J Korean Sleep Res Soc. 2009;6(2): 74 :74-85. Disponível em <https://www.e-jsm.org/journal/view.php?number=97>. Acesso em: fevereiro/2022.
5. Dopheide JA. Insomnia overview: epidemiology, pathophysiology, diagnosis and monitoring, and nonpharmacologic therapy. Am J Manag Care. Disponível em <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32282177/>. Acesso em: fevereiro/2022.
6. Kızılırmak A, Timur S, Kartal B. Insomnia in Pregnancy and Factors Related to Insomnia. The Scientific World Journal, vol. 2012. Disponível em <https://www.hindawi.com/journals/tswj/2012/197093/>. Acesso em: fevereiro/2022.